No princípio era a relação

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Pe. Alfredo J. Gonçalves, cs

 

No princípio era a relação

 

No princípio era a relação,

e a relação era expressão viva do amor;

e no mistério da relação e do amor,

fundiram-se as memórias,

fundiram-se os saberes,

fundiram-se os sonhos…

 

E nasceu a luz!

 

Cada ser tinha origens próprias,

trilhava veredas distintas,

mas trabalhava em função de um único projeto.

 

Um raio se abateu então sobre a terra

e quebrou os fios invisíveis da relação;

o amor se converteu em egoísmo

e cada ser pôs-se a caminhar por si só:

refez a própria memória,

refez o próprio saber

refez o próprio sonho…

 

E nasceram as trevas!

Luz e trevas separaram-se,

gerando o dia e a noite:

os mecanismos de expropriação regulavam o dia,

as mentiras dos bastidores regulavam a noite…

 

E retornou o caos!

 

As memórias distanciaram-se,

distanciaram-se os saberes,

distanciaram-se os sonhos,

dando origem a interesses contrastantes,

com tensões, violência e guerras…

 

E nasceu o imperativo da reconstrução!

 

A partir dessa necessidade e urgência,

luzes e trevas se mesclam e se alteram,

memórias, saberes e sonhos se confundem;

resta o grande desafio de forjar,

em meio a raízes e caminhos diversos,

a fusão de um horizonte plural e comum.

 

 

 

 

Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 2019

 

 

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