Missionárias brasileiras são enviadas a Moçambique

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Por Rosinha Martins | 14. 07. 2016 | Um grupo de quatro religiosas foram enviadas pela Igreja do Brasil sob coordenação da CRB – Nacional – Conferência dos Religiosos na manhã desta quinta, 14, para a diocese de Pemba, em Moçambique. O envio se insere no contexto da 24ª Assembléia Geral Eletiva da CRB que se encerra nesta sexta, em Brasília e reúne cerca de 600 consagrados e consagradas de todo o Brasil.

A nova comunidade intercongregacional será composta pelas Irmãs Ana da Glória, da Congregação das Franciscanas Penitentes Recoletinas, Irmã Neusa Aparecida Bernardo, da Congregação das Franciscanas da Penitência, Francisca da Silva Maia, da Congregação das Cordimarianas e Telma Silva de Oliveira, da congregação das Irmãs da Purificação de Maria Santíssima.

Irmã Ana da Glória vai para além fronteiras encorajada pelas palavras de Jesus “vamos para outra margem”. Já Irmã Neusa revela que ir para a África é um sonho que alimenta desde criança e que agora se torna realidade.

Inspirada na devoção a Maria, Irmã Francisca da Silva Maia quer “ser sinal da ternura do coração de Maria para aqueles que estão sofrendo. Ela afirma que este gesto foi o grande ofertório da congregação que neste ano celebra o centenário e quer dar passos novos, alargar a tenda, ousar, comprometer-se com a vida, principalmente onde ela está muito ameaçada.

Irmã Telma Silva de Oliveira diz sentir-se preparada para a missão, pois a oração pessoal, a sua relação íntima com Deus e o diálogo com a Congregação a tem confirmado neste caminho.

O cuidado dos pobres, a misericórdia como razão de ser da missão, o risco do funcionalismo, a unidade e a feminização da missão foram elementos destacados pelo presidente da Conferência nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Brasília, dom Sérgio da Rocha, durante a celebração de envio de quatro missionárias para a diocese de Pemba – Moçambique.

O cuidado dos pobres

Dom Sérgio fez memória sobre a missão da Igreja que é servir os mais pobres, mais sofredores, descartados pelo mercado. São estes irmãos e irmãs que deveriam receber o nosso amor no serviço efetivo. Não podemos cair na tentação de viver para nós mesmos, de perpetuar estruturas e prestar serviços como se fôssemos funcionários de instituições, mas colocar no centro Jesus Cristo e, a partir dele, firmar a centralidade da nossa missão. Necessitamos de gestos concretos de proximidade com os que mais sofrem. Temos a graça de enviar em missão Irmãs que participam da vida da nossa Igreja, da Vida Religiosa do Brasil.

Missão e misericórdia

Temos a graça desse envio missionário neste contexto ano da misericórdia para recordar que cada um de nos e chamado a ser sinal da misericórdia de Deus ter um coração misericórdia. Sabemos que para dar, de fato, aos pequeninos a verdadeira atenção precisamos viver a misericórdia na missão. Não é possível ser Igreja missionária sem misericórdia e ser a Igreja da misericórdia sem a missão. A misericórdia e a missão nos direcionam para os mais pobres.

A VR deve ser epifania da misericórdia de Deus sendo missionária, porque não é possível somente cultivar sentimentos de misericórdia sem traduzir essa compaixão em gestos e iniciativas efetivas que não são apenas de caráter pessoal, mas comunitário.

O risco do funcionalismo

Parafraseando o Papa Francisco, dom Sérgio alertou para o risco do funcionalismo na Vida Consagrada. “O risco de criarmos estruturas que crescem, a elefantíase, e muitas vezes se deixando levar por um esquema que não tem a ver com o serviço, mas com a o esquema empresarial. A lógica do mercado não tem a ver com a encarnação do Verbo que é a gratuidade, a simplicidade. Temos que pedir a graça para não perdermos estes valores em vista da missão da Igreja”.

A unidade

“Que possamos caminhar juntos com o episcopado. Quando nos unimos como temos feito até agora, aparece o vigor, a beleza da comunhão. Agradecemos a Deus pela a comunhão existente entre nós, a qual tem sua fonte na comunhão eucarística”.

A feminizacao da missão

“A Igreja sempre contou com a presença de homens e mulheres na missão e historicamente ela é marcada pela ação de religiosos e religiosas. Este envio faz pensar na importância das mulheres na Igreja , de modo particular, a Vida Consagrada e a grande contribuição que elas tem dado na transmissão da fé e na animação missionária. Contamos com toda a Igreja mas sentimos que agradecidos com a presença das mulheres que tanto fazem em nossas comunidades e aquelas que abraçam a Vida Consagrada e agora são enviadas em missão. São testemunhas do vigor da própria Igreja através da participação de cada uma delas”.

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