Líderes religiosos pedem o fim da escravidão e do tráfico humano

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 Acordo feito entre Líderes religiosos, nesta segunda, 17, no Vaticano pretende erradicar a escravatura moderna e o Tráfico de Pessoas até 2020

 Por Rosinha Martins |18.03.14| Líderes religiosos se reuniram nesta segunda, 17, na sala de Imprensa do Vaticano com o obejtivo se assinarem um memorando que formaliza o projeto da Rede Global da Liberdade, ação interreligiosa que pretende erradicar o tráfico de seres humanos e a escravidão moderna no mundo.

Participaram da cessão, o representante da Santa Sé e chanceler das Pontifícias Academias das Ciências e das Ciências Sociais, Dom Marcelo Sánchez Sorondo; o representante do grande  Imã da Universidade de Al-Azhar, no Cairo, Egito, Mahmoud Azab; o representante do Arcebispo de Cantuária Justin Welby, o anglicano David John Moxon; o australiano fundador da Walk Free Foundation Andrew Forrest, o presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson e o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

O cardeal Sorondo recordou as  palavras do  Papa Francisco a respeito do tema quando lembrou que “essas novas formas de escravidão, o tráfico humano e a prostituição são um crime contra a humanidade”.

Para o fundador da Walk Free Foundation acordo desta natureza não tem precedentes no mundo. “É um dia histórico”, exclamou.

“A escravidão moderna e o tráfico de pessoas são um dos maiores escândalos e uma das maiores tragédias do nosso tempo. É intolerável que milhões de nossos irmãos sofram violações desse tipo, sujeitos a exploração e privados de sua dignidade e seus direitos. Esse ultraje deve tocar cada um de nós, porque o que afeta uma parte da humanidade afeta a todos. De alguma forma, cada parte do mundo é atingida pela crueldade e pela violência associada a essa atividade criminosa”, relatou o anglicano David John Moxon (à direita).

Moxon acrescentou, ainda,  que tolerar  a escravidão e o tráfico de pessoas significa violar a própria humanidade e ofender a consciência de todos os povos. “Deve cessar toda forma de indiferença em relação às vítimas da exploração. Através dos ideais da fé e valores humanos é possível erradicar definitivamente a escravidão moderna e o tráfico de seres humanos em nosso mundo. Não obstante os esforços, “a escravidão moderna e o tráfico de pessoas continuam aumentando”, advertiu.

O representante do Islã e conselheiro para o diálogo interreligioso, Mahmoud Azab (à esquerda) ressaltou que o tráfico e a escravidão de seres humanos é totalmente proíbido pelo. “Eu e todos os que trabalham na Universidade Al Azhar estamos engajados na luta contra esses fenômenos. Sobretudo a escravidão moderna é estritamente proibida em todas as partes do mundo. O Alcorão não aceita a escravidão”.

Algumas das ações concretas da Global Freedom Network estarão baseadas nas experiências de fé dos fiéis das diversas religiões que passam a fazer parte da Rede como o jejum, a oração e a caridade. Está prevista uma jornada de oração pelas vítimas e pela liberdade delas. A Rede Global da Liberdade lançada nesta coletiva, convida Tos fiéis e as pessoas de boa vontade a rezar, jejuar  e agir e redes específicas oração serão criadas em todo mundo. 

O cardeal Turkson (à direita) alertou para o fato de que o tráfico de pessoas não é uma realidade distante. “Segundo a experiência que tivemos, onde existe uma população muito idosa que precisa de assistência em casa é ali que se começa a detectar esta experiência de escravidão. Quando as pessoas são chamadas para cuidar de idosos, talvez seja necessário estudar as condições em
que se presta tal serviço. Talvez ali começamos a encontrar os primeiros sinais de escravidão. Não é necessário ir muito longe, às vezes esses fenômenos estão muito perto de nós”, disse.

Segundo Turkson, a escravidão moderna e o tráfico de pessoas são um dos maiores escândalos e uma das maiores tragédias do nosso tempo. “É intolerável que milhões de nossos irmãos sofrem violações desse tipo, sujeitos a exploração e privados de sua dignidade e seus direitos. Esse ultraje deve tocar cada um de nós, porque o que afeta uma parte da humanidade afeta todos. De alguma forma, cada parte do mundo é atingida pela crueldade e pela violência associada a essa atividade criminosa. “As vítimas são escondidas em locais de prostituição, em galpões, campos, navios de pesca e estruturas ilegais. E não é preciso ir muito longe”, afirmou.

O fundador da Walk Free Foundation, Andrew Forrest fez um apelo às Igrejas Cristãs, a outras confissões religiosas e aos governos dos países a fazerem parte da Rede Global da Liberdade e abraçar as iniciativas em favor da vida, na luta contra a escravidão moderna e o tráfico de pessoas. “Peço aos governos para se unirem às grandes religiões do mundo em nossa tentativa de alcançar as outras grandes confissões do mundo com o amor de nossa mensagem. Que eles se unam ao Global Freedom Network.

Andrew pediu aos 163 países que aderiram á iniciativa que proponham , no próximo G20,aerradicação da escravidão como o único grande multiplicador econômico. “De fato, não há melhor maneira de fazer crescer a economia a não ser valorizando o ser humano por todas as suas capacidades e não só pelo seu corpo”, concluiu.

Ações de sensibilização estão contempladas no quadro do acordo, as quais  todas as partes se empenham a percorrer todas as estradas possíveis e terá como publico alvo para participar das mesmas:

  •  Todos as confissões religiosas a vigiarem até que suas cadeias de fornecimento e investimentos excluam formas de escravidões modernas e a aderirem medidas corretivas, se necessário;
  •  Todas as confissões religiosas a mobilizar as respectivas seções jovens para sustentar projetos destinados a erradicar escravidão moderna;
  •  Famílias, escolas, universidades, congregações e instituições a conhecer a natureza da escravidão moderna e o tráfico de seres humanos, a ensinar como denunciar e a relatar a capacidade destrutiva de atitudes sociais, prejuízos e sistemas sociais nocivos conectados a escravidão moderna e ao tráfico de seres humanos;
  •  Os líderes políticos a vigiarem até que suas cadeias de fornecimento excluam formas de escravidão moderna;
  • 50 grandes multinacionais cujos CEO são pessoas de fé e de boa vontade, a garantir que suas cadeias de fornecimento excluam formas de escravização moderna;
  • 162 governos a avaliarem publicamente a instituição do Global Fund para colocar fim a escravidão com 30 chefes de Estado que a sustém publicamente até o fim de 2014;
  •  o G20 a condenar a escravidão moderna e a tratar dos seres humanos e a adotar uma iniciativa contra a escravidão e o tráfico de seres humanos, bem como sustentar a supracitada Global Fund.

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