Aconteceu nos dias 14 e 15 de novembro, em Manaus (AM), a segunda reunião da Secretaria Geral do Sínodo sobre a Amazônia.
O referido Sínodo acontecerá dia 6 a 27 de outubro de 2019.
O encontro contou com a participação de dois cardeais, Dom Lorenzo Baldisseri e Dom Pedro Barreto, bispos representantes de diversos regionais e países, assessores religiosos e leigos.
O encontro tem como objetivo consolidar o processo de preparação do Sínodo sobre a Amazônia em seus aspectos organizativos, conteúdo, agenda e dinâmica de trabalho.
Em pauta, diversos assuntos, a saber:
▪Processo de organização do sínodo: diversas etapas;
▪Agenda do Sínodo;
▪Elaboração de uma carta convite para outras conferências episcopais da África, Ásia e Europa para a contribuição com processo de reflexão sobre o Sínodo;
▪Discernimento sobre questões que definem o perfil do Sínodo;
▪Partilha do processo de reflexão nas dioceses e regionais sobre a preparação do Sínodo: eventos, conquistas, desafios, esperanças.
Da Arquidiocese de Belém participaram Dom Antônio de Assis, representante dos bispos do Regional Norte 2 e o monsenhor Possidônio da Mata (P. Cid), como perito assessor da Secretaria Geral do Sínodo.
Expectativas da Assembleia
▪Que haja fidelidade aos grandes princípios propostos pelo papa Francisco;
▪Que estimule a promoção de uma verdadeira cultura eclesial amazônica;
▪ Que estimule a Igreja a retomar e reforçar a sua opção pelos mais pobres e excluídos;
▪ Que seja alimentadora da Esperança, do ânimo e do otimismo eclesial e Pastoral;
▪ Que nos estimule à promoção de uma ampla REDE pela vida e pela promoção da ecologia integral;
▪ Que dê respostas pastorais concretas para o êxodo católico – ao fenômeno da “descatolização” do continente;
▪ Que seja capaz de considerar a complexidade da realidade Amazônica e não só o mundo indígena;
▪ Que encontremos uma resposta concreta para cerca de 80% das comunidades Católicas sem Eucaristia: um novo ministério sacerdotal;
▪ Que seja capaz de dar passos novos em relação à ministerialidade da mulher;
▪Que encontremos o justo equilíbrio entre o Direito universal, princípios teológicos e as urgências pastorais da Amazônia;
▪ Que inaugure um tempo de novo ardor fraterno e solidariedade Missionária;
▪ Que cresça a solidariedade Missionária entre as nossas dioceses católicas do continente americano;
▪ Que não seja um evento ecologista, mas profundamente eclesial e Missionário!
▪ Que haja mais pastores (bispos) da própria região;
▪Que indique pistas administrativas para a questão
▪ Que seja considerada os desafios das periferias nas grandes metrópoles;
▪ Que desemboque na elaboração de uma “pedagogia pastoral” para a Amazônia;
▪ Que seja capaz de assumir e valorizar os valores e a sensibilidade dos povos Amazônicos;
▪ Que seja uma oportunidade para um relançamento da inculturação;
▪ Que seja capaz de denunciar as grandes manifestações da cultura de norte na Amazônia;
▪ Que aposte na promoção de um clero nativo, indígena, autóctone… Com uma Ratio Fundamentalis específica;
▪ Que reforce a sensibilidade para com a questão da sensibilidade e mística a amazônica (simplicidade, sobriedade…);
▪Que seja uma oportunidade para o fortalecimento da escuta e da contemplação da natureza
▪Que seja uma ocasião para um relançamento da importância da preservação;
▪ Que seja um evento capaz de promover uma presença da Igreja mais intensa na região;
▪ Que haja um profundo combate ao clericalismo;
▪ Que se processe uma discussão capaz de promover a democratização dos ministérios;
▪ Que se dê mais abertura às Religiosas no serviço à Igreja;
▪Que haja uma tomada de decisão em relação ao diálogo com os evangélicos;
▪ Que a Assembleia Sinodal considere os pontos mais fortes no processo de preparação (tempo de escuta).
Dom Antônio de Assis