“Gol do Barcelona!”, grita criança palestina para difarçar o terror da guerra

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Rosinha Martins| 05.01.15| A destruição, o barulho ensurdecedor das bombas, as mortes, a corrida sem fim para se refugiar em países vizinhos são algumas das características que marcam o cenário no qual vivem as crianças palestinas, na faixa de Gaza. Elas nascem num ambiente também marcado pela pobreza e pelo ódio. Crianças de 6 e 7 anos de idade já passaram por três guerras, embora pequenas.

“Uma criança que tinha tanto medo das bombas que explodiam bem perto de sua casa que começou a perder todo o cabelo. Somente agora, três meses depois,  ela começa a recuperar um pouco do cabelo”, conta com exatidão em entrevista à Rádio Vaticano,  o missionário que  há dois anos vive  na faixa de Gaza, o padre Mário da Silva, paulistano, pertencente à Congregação do Verbo Encarnado.

De acordo com padre Mário, crianças  tendem a se jogar embaixo das carteiras quando ouvem o apito da sirene que anuncia o recreio, porque esses barulhos elas escutam o tempo todo em período de guerra.

O missionário disse, também, que a sua maior esperança para 2015 é que a paz aconteça. “É para isso que rezamos em todas as nossas missas”.

Além da força buscada na Palavra de Deus, padre Mário  afirma a importância da presença solidária do Papa Francisco sempre atento e conectado aos problemas no Oriente Médio e preocupado com a situação dos cristãos que lá evangelizam. “Os cristãos do Oriente Médio sentem um amor especial pelo Papa Francisco, pela grande preocupação que ele sente por nós. Não somente por esta carta, mas também nos discursos que ele faz, nos constantes apelos pela paz. Ontem, no primeiro discurso do ano, ele pediu pela paz no Oriente Médio e isso dá uma força muito especial para a gente”.

Na véspera do Natal de 2014, precisamente em 21 de dezembro, Francisco escreveu uma carta aos cristãos que missionam na Faixa de Gaza.  Na mensagem, Francisco manifesta compassivo com os missionários cristãos e de outros grupos religiosos e étnicos e enfatiza sua compaixão pelas crianças e anciãos que vivem nesta situação. “Ao dirigir-me a vós, não posso esquecer também outros grupos religiosos e étnicos que sofrem de igual modo a perseguição e as consequências de tais conflitos. Acompanho dia-a-dia as notícias do sofrimento enorme de tantas pessoas no Médio Oriente. Penso especialmente nas crianças, nas mães, nos idosos, nos deslocados e nos refugiados, em quantos padecem a fome, naqueles que têm de enfrentar a dureza do inverno sem um teto para se protegerem. Este sofrimento brada a Deus e faz apelo ao compromisso de todos nós por meio da oração e de todo o tipo de iniciativa. Desejo exprimir a todos unidade e solidariedade, minha e da Igreja, e oferecer uma palavra de consolação e de esperança”, diz, em um trecho da carta.

Fonte: Radiovaticana

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