Crise política do Brasil preocupa Foro Andino Amazônico de Desenvolvimento Rural

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CIMI| 10.05.2016 | Durante encontro realizado em La Paz, na Bolívia, nos últimos dias, as entidades que compõem o Foro Andino Amazônico de Desenvolvimento Rural manifestaram preocupações com a garantia de direitos das populações indígenas, quilombolas e camponesas ante a crise política do Brasil. Para o Foro esta crise é gerada por causa do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Em carta divulgada pelo Foro, as entidades afirmam que a atual crise brasileira envolve as elites em disputa pelo poder. Neste cenário, as populações que necessitam da execução das políticas públicas são as mais vulneráveis. O Foro afirma ainda que está solidário às organizações que lutam pelos direitos de tais populações.

Leia a carta na íntegra:

O Foro Andino de Desenvolvimento Rural é uma aliança interinsitucional formada em 2011. Está formado pelo Centro de Estudos e Promoção do Campesinato (CIPCA), Instituto para o Desenvolvimento Rural Sulamericano (IPDRS), Fundação Terra e pela Pós-Graduação Multidisciplinar em Ciência de Desenvolvimento da Universidade Mayor de San Andrés (CIDES-UMSA) da Bolívia.

Seu objetivo é fortalecer os espaços de diálogos plurais e democráticos, a partir da sociedade civil, para aprofundar análises, reflexões, debates e construção coletiva de propostas sobre o desenvolvimento rural na região Andina da Amazônia.

O Foro Andino Amazônico de Desenvolvimento Rural se solidariza com as organizações sociais que aglutinam e representam milhões de homens e mulheres do campo, que no Brasil se encontram vivendo situações de incertezas dada as crises geradas pelos parlamentares e políticos.

Nos preocupa que os camponeses, os indígenas e afrodescendentes sejam os perdedores em um processo onde fica evidente que os grandes e ricos se encontram lutando por espaços de poder, relegando e subordinando neste afã os importantes interesses das populações mais necessitadas das políticas públicas.

Manifestamos nosso compromisso com a democracia no Brasil e, portanto, exigimos o respeito ao voto popular nas últimas eleições.

Como instituições da sociedade civil da região Andina Amazônica, repudiamos a disputa de interesses das elites, a corrupção e as políticas de desenvolvimento que atentam contra a Mãe Natureza e geram a marginalização social, venha de onde venha.

La Paz, Bolívia, maio de 2016.

Fonte: Cimi

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