Consagradas e Consagrados realizam Missão Jovem em Macapá durante a Semana Santa

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Por Rosinha Martins|18.03.2016| Cerca de 19 religiosas e um religioso particiam da Missão da Vida Religiosa Jovem na Amazônia. Os missionários iniciaram a missão no último dia 18 e permanecem até domingo de Páscoa em comunidades da diocese.

O bispo da diocese de Macapá acolheu o grupo e destacou a importância da Vida Consagrada na sua diocese. “Aqui dependemos muito dos religiosos e religiosas, seja, também, como padres, pois temos pouquissimos diocesanos, seja como presença significativa para tudo”, disse.

As religiosas e religiosos marcam presença nas obras sociais da diocese, como escolas, creches, casas de acolhida, trabalho com o povo da rua, com meninas e meninos em situação de risco( vítimas de violência na família, do Tráfico de Pessoas, da Exploração Sexual),aco mpanhamento as comunidades ribeirinhas, hospitais e paróquias. São eles: Redentoristas, Camilianos, Cordimarianas, Clarissas Capuchinhas, Pequenas Irmãs da Divina Providência, Servas da Caridade, Discípulas de Jesus Eucarístico, Irmãs de Maria Menina, Piamartinos, Ordem dos Frades Capuchinhos e Religiosas de Maria Imaculada.

“Estamos abertos a Vida Consagrada, pois temos pequenas cidades e até municípios onde não há padres e alguns deles atendem dois municipios. A presença de religiosas sobretudo nas pequenas cidades onde temos carência de missionários, é fundamental, porque o povo sente uma presença diferenciada”.

O bispo falou, ainda, sobre o que espera da Vida Consagrada de sua diocese. “Não tanto o fazer porque o povo é que deve fazer, atuar, mas ser presença constante que faça a ligação com a Igreja maior”, acrescentou.

Como desafios relativos a Vida Consagrada, dom Pedro destacou o envelhecimento dos religiosos na missão mas os elogiou. ” Eu tiro o chapéu para eles, porque não obstante a idade, fazem a diferença e abraçam a missão na gratuidade, e merecem reconhecimento pois são exemplos de vida sacerdotal, Irmãs extraordinárias”, garantiu.

Dom Pedro concluiu dizendo que os religiosos e religiosas que querem viver na Amazônia devem estar abertos a uma “vida simples, pobre, nada sofisticada”, porque não há possibilidades de viver desta forma neste ambiente, mas se sente agradecido pela presença dos consagrados. “Se as religiosas tivessem se fechado eu teria muitas paróquias e comunidades desassistidas. De fato, precisamos dos religiosos”.

O sacerdote do PIME, padre Sisto Magro falou para os missionários sobre os desafios sócio-pastorais do Amapá e destacou a problemática do agronegócio que favorece o enriquecimento dos japoneses, matogrossenses, sulistas, que tomam a terra com este fim. “São 50 km de extensão de plantação de eucalipto, as hidroelétricas acabam com os rios e suas cachoeiras, o desmatamento para o plantio da soja, tudo em detrimento da natureza e dos habitantes desta região”, afirmou.

De acordo com padre Sisto, “a desculpa do Estado ao ceder estas terras para o agronegócio é que elas não são bem usadas. “Somos poucas forças tentando lutar”, lamentou.

Uma missa de envio dos missionários para as respectivas comunidades foi presidida neste mesmo dia por dom Pedro Conti. Eles receberam a cruz missionária e a bênção do envio e em seguida foram encaminhados para o trabalho que acontecerá durante a Semana Santa, em algumas comunidades das Paróquias de Mazagão e Tartarugalzinho.

Na missão

“É uma emoção chegar aqui, pois a maioria das cidades onde atuo, são grandes. Ouvir falar da Amazônia é uma coisa. Outra é estar aqui, pisando neste chão. Eu até já escrevi para as Irmãs, dizendo que Deus não poderia ter me dado melhor presente este ano”, afirmou Irmã Maria Gilma de Souza (foto a direita), da Congregação das Irmãs do Santíssimo Sacramento.

Irmã Regiane de Fátima Kleina, da Congregação das Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, veio do Paraná e falou sobre as suas expectativas. “Estar aqui para mim, é me colocar nas mãos de Deus e me deixar guiar por este povo simples que tem sede de Deus e que, de certa forma, necessitam da nossa presença. O padre daqui, Edmundo, nos dizia que Irmãs, neste lugar, talvez o povo não nunca tenha visto. Acho que é importante ser a presença de Deus no meio deles. Que eu seja esperança para eles, mostrar que ser Dele vale a pena”.

Acompanham os jovens missionários, a assessora para as Juventudes, Irmã Vanézia Pereira da Silva,mst, Irmã Maria de Fátima Kapp,ssps.

Na ocasião a assessora para a Comunicação, Irmã Rosa Maria Martins Silva, assessorada pela Verbo Filmes percorre cidades e comunidades ribeirinhas fazendo gravações para a edição de um documentário sobre a Vida Consagrada no cuidado da Casa Comum, na Amazônia.

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