“A tristeza impede de perceber a presença de Jesus”, diz frei Moacir Casagrande

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A CRB Regional de São Paulo realizou a Assembleia Geral Ordinária e contou com a presença do biblista frei Moacir Casagrande.

Por Assessoria de Comunicação da Assembleia| À luz do texto do Evangelho “Permanece conosco” (Lc 24,29), e o tema “Vida Religiosa hoje identidade e esperança”, a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) – Regional São Paulo se reuniu nos dias 14 e 15 de Setembro na Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM), para a Assembleia anual com a finalidade de acolher  as conclusões da 23ª Assembleia Geral Eletiva (AGE) Nacional, realizada em Brasília, em Julho deste ano.

Cerca de 300 religiosos participaram do evento. Iluminados pela experiência dos peregrinos de Emaús, viveram todo o dia de sábado numa grande celebração, culminando com o partir o pão da Eucaristia, no final da tarde.

O bispo referencial para a Vida Religiosa da Arquidiocese, dom Júlio Endi Akamine, saudou a todos os participantes convidando-os a confiar em Cristo que está presente. “Uma vez que Cristo já veio ao nosso encontro, vamos continuamente pedir a Ele que permaneça conosco”.

Frei Moacir Casagrande, ofmcap., membro da Equipe Bíblica da CRB Nacional, apresentou as conclusões da 23ª AGE e orientou a reflexão sobre o tema.

“A tristeza impede de perceber a presença de Jesus, assim como aconteceu com os peregrinos, pois Jesus se coloca a caminho com eles, mas demoraram para reconhecer que o Mestre estava com eles. Jesus acompanha os discípulos, ouve seus lamentos, sabe dar tempo para os discípulos falar. Ele sabe escutar. É a convivência e o tempo dado aos discípulos que
fazem de Jesus o Senhor e não um estranho”, diz Frei Moacir.

Segundo o assessor, os discípulos abrem os olhos depois de experimentarem a paciência e a compreensão de Jesus. Os peregrinos voltam animados por perceberem Cristo. Eles voltam para o seio da comunidade e de lá são enviados em missão.  Jerusalém não é mais meta, é ponto de partida. Nossa meta não é mais Jerusalém, mas desde Jerusalém. As pessoas não são para os sinais, mas os sinais para as pessoas. “O lugar privilegiado da Graça não é geográfico, mas antropológico”.  Frei Moacir desafia com mais questões: “Qual é a Jerusalém em que a Vida Religiosa insiste em permanecer?”  “A itinerância para a Vida Religiosa pode ser uma salvação?”

No domingo, continuando a aprofundar a experiência dos discípulos de Emaús, Frei Moacir convidou a assembleia a refletir sobre a enorme dificuldade de reconhecer Jesus, trabalhando o texto de Lc 24, 39: “Olhem minhas mãos e meus pés! Toquem-me!”

O Cardeal D.Odilo Pedro Scherer presidiu a celebração Eucarística no domingo de manhã. Em suas palavras dirigidas aos religiosos, na homilia, destacou o amor incondicional de Deus por cada pessoa, evidenciado nas leituras da Liturgia desse domingo, lembrando que a Vida Religiosa consagrada é chamada a ser sinal e testemunho desse Amor de Deus experimentado e partilhado.

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