“A beatificação de Madre Assunta é uma introdução ao Ano da Vida Consagrada”, diz Cardeal Amato

Compartilhe nas redes sociais

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no whatsapp
WhatsApp
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no telegram
Telegram

Rosinha Martins| 24.10.14| Uma Coletiva de Imprensa na tarde desta sexta, 24, em São Paulo marcou as festividades em vista da beatificação de Madre Assunta Marchetti que acontecerá na manhã deste sábado, às 10h, na Catedral da Sé – São Paulo, Brasil.

Com o objetivo de apresentar a vida, a obra e missão da futura beata  em São Paulo, o evento trouxe ao Abrigo Madre Assunta, na Vila Prudente, autoridades eclesiásticas, representantes da Família Scalabriniana e os Meios de Comunicação Católicos.

Em sua fala o religioso, salesiano de dom Bosco e prefeito da Congregação para a Causa dos Santos  dom Angelo Cardeal Amato expressou a alegria por estar participando da beatificação e poder se encontrar no lugar onde por muitos anos Madre Assunta viveu e trabalhou. “Sou muito grato por estar aqui neste lugar onde Madre Assunta viveu. Ela pode ser definida como a benfeitora da humanidade nesta parte da cidade de São Paulo. Era muito amada pelas crianças órfãs, pelos desempregados e também pelos doentes”, disse.

O Cardeal ressaltou, ainda, que os santos são verdadeiros tesouros na Igreja e também na sociedade civil porque a santidade transforma o convívio humano. E deixou um recado às seguidoras da beata. “E para as Irmãs Scalabrinianas, é um momento de redescoberta dos valores humanos e espirituais do carisma. Esta beatificação faz com que  a Congregação e as Irmãs possam redescobrir os valores da própria vocação e a reacender o entusiasmo espiritual e pastoral, digo de coração, porque é uma realidade”, frisou.

 “A beatificação de Madre Assunta é uma espécie de introdução ao Ano da  Vida Consagrada” (Cardeal Angelo Amato)

 A beatificação de Madre Assunta antecede em apenas um mês da abertura do Ano da Vida Consagrada e para o Cardeal Amato esse fato tem um grande significado para a Igreja e a Vida Consagrada. “É uma espécie de introdução ao Ano da Vida Consagrada porque faz ver como a Vida Consagrada não é feita de lei, mas de pessoas que vivem a graça de Deus com a totalidade de dedicação aos necessitados em todos os campos: na educação, na formação dos jovens, na acolhida aos migrantes, no cuidado dos doentes, no cuidado das pessoas abandonadas, dos pobres. É uma mensagem evangélica de extraordinária atualidade. Os religiosos, as
religiosas são os verdadeiros testemunhas concretas da beleza e da bondade do cristianismo e do Evangelho. Agradeçamos a Deus porque existem os religiosos, eu sou religioso, e me sinto feliz em dizer isso porque,  de verdade, é assim”.

 “A beatificação é um dom, uma graça, um grande presente de Deus. Sobretudo estamos vivendo um momento histórico para a Congregação e nos perguntamos pelos sinais que se nos apresenta, hoje. A beatificação acontece no momento em que o fenômeno migratório vem à tona”, confirmou a Superiora Geral das Missionárias de São Carlos Borromeo-Scalabrinianas, Irmã Neusa de Fátima Mariano.

Para Irmã Neusa, a beatificação está sendo portadora de santidade, de graça e de renovação para a Congregação das Missionárias de São Carlos.  E a nossa grande suplica é que a beatificação venha trazer muita vitalidade para o nosso instituto, na dimensão do serviço evangélico e missionário aos migrantes. Ela é, adicionou, “um convite a uma conversão interior e renovação do nosso ser consagrado e missionário”.

 “Madre Assunta é para mim uma mãe, uma amiga e companheira”

Ex-postuladora da Causa de beatificação de Madre Assunta, após haver trabalhado 21 anos pesquisando sobre a vida da beata e acompanhando o processo da beatificação junto à Congregação para a Causa dos Santos, a missionária Scalabriniana, Irmã Laura Bondi (Parma- Itália), falou sobre o trabalho realizado e os seus desafios. Saber que tudo aquilo que se produz será objeto de juízo e de avaliação, tornava-se para ela, uma grande responsabilidade.

“Deus, rezado por Madre Assunta conseguiu sempre dar-me alivio e vitória. Senti verdadeiramente Madre Assunta como alguém que me conduzia no meu caminho”.

Irmã Laura afirma que ainda hoje sente que Assunta passou a fazer parte da sua vida de uma tal forma  a ponto de dizer: “A senhora é um pouco minha Mãe, mas não basta, a senhora é também minha amiga, uma companheira do meu caminho futuro porque eu sinto que posso confiar em você”, concluiu.

 “Madre Assunta, migrante com os migrantes” 

Sobre o tema da migração especificamente relacionado com Madre Assunta, a missionária scalabriniana Irmã Etra Modica lembrou que Madre Assunta ao deixar sua terra natal fez-se migrante com os migrantes e deixou este legado para as Irmãs que atuam hoje em 27 países. “Também aqui no Brasil acolhemos e assistimos tantos menores migrantes. Com Madre Assunta, italiana no Brasil e italiana para os italianos, foram vencidas as fronteiras culturais.

Ainda, de acordo com Etra, é graças à internacionalização das migrações que a Congregação age em vários países através das fronteiras da internacionalidade, do diálogo intercultural e inter-religioso.

“Resumo a doação de Madre Assunta na frase evangélica:”Tudo o que fizestes a um destes pequenos, o fizestes a mim”

Sobre o tema da migração especificamente relacionado com Madre Assunta, a missionária scalabriniana Irmã Etra Modica lembrou que Madre Assunta ao deixar sua terra natal fez-se migrante com os migrantes e deixou este legado para as Irmãs que atuam hoje em 27 países. “Também aqui no Brasil acolhemos e assistimos tantos menores migrantes. Com Madre Assunta, italiana no Brasil e italiana para os italianos, foram vencidas as fronteiras culturais.

Ainda, de acordo com Etra, é graças à internacionalização das migrações que a Congregação age em vários países através das fronteiras da internacionalidade, do diálogo intercultural e inter-religioso.

“Resumo a doação de Madre Assunta na frase evangélica:”Tudo o que fizestes a um destes pequenos, o fizestes a mim”

Quando as Irmãs me convidaram para este evento, eu percebi nelas uma grande alegria por esse dom da beatificação da co-fundadora da Congregação. Esses dias pude andar um pouco mais em terras brasileiras passei por Rio grande do Sul e vi missionários de Lucca que estão dando a vida pela missão no Brasil”, afirmou o arcebispo da Arquidiocese de Lucca, Itália, arquidiocese de Madre Assunta, dom Italo Castellani.

Dom Italo frisou que esses dias pode conhecer um pouco mais o Brasil, e passou por Bahia, Rio Grande do Sul e encontrou missionários da sua Arquidiocese que estão, ainda hoje, colocando suas vidas a serviço em terras brasileiras. Mas disse impressionado com a pobreza, a prostituição e a violência que existe no Brasil, o que, segundo ele, felizmente não se vê em tamanha proporção na Itália. “Isto faz pensar que Madre Assunta, que partiu de Camaiore,  lugar pobre, mas tranquilo e que se entregou a estas situações de pobreza que aqui encontrou mesmo que não fosse talvez tão grave como hoje. Quero resumir tudo isso numa frase do Evangelho:” Tudo aquilo que fizeste a um destes pequenos, o fizestes a mim mesmo”.

 

Ainda, estiveram presentes na Coletiva, as Missionárias Seculares Scalabrinianas, o vigário geral dos Missionários de São Carlos, padre Alfredo Gonçalves, a pintora e retratista oficial do Vaticano que pintou o quadro de Madre Assunta a ser descerrado no momento oficial da beatificação, a russa, de Moscou, Natalia Tsarkova

A Celebração Eucarística de beatificação de Madre Assunta Marchetti acontece na manhã deste sábado, ás 10h e será transmitida ao vivo por todos os canais católicos de Televisão, a saber: TV Canção Nova, Rede Vida de Televisão, Evangelizar, Século XXI e Aparecida. Rede Globo de Televisão e rádios nacionais também farão algum tipo de  cobertura do evento.

Fonte: Assessoria de Comunicação da beatificação/tradução: Rosinha Martins/Imagens de Rosinha Martins

 

Publicações recentes